segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Trabalhar fora do país é a solução? às portas de 2011: Eleição Presidencial Brasileira, Novas Tecnologias, Educação e Novas Oportunidades!!!

Após passar a euforia das eleições presidenciais, e da briga intensa entre governo e oposição, o Brasil ruma para um fim de ano bom, com fim de mandato do presidente Lula, com a economia crescendo à altas taxas, e uma perspectiva muito boa para os próximos anos.
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A respeito da briga travada entre governo federal e oposição, acho que o Brasil ganha e perde. Ganha, por ter posições, lideranças, perspectivas e motivações diferentes; isso faz gerar discussões, propostas, reflexões, e todo amanhã sempre é bem construído quando refletido, bem traçado, com uma proposta. E perde quando foca na vida pessoal das pessoas, caminha pela baixeza humana, gera discursos de que tudo é conspiração, tudo é desastre, e deixa de lado projetos concretos.
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Penso que a oposição, liderada por PSDB e DEM, têm grandes nomes e pessoas de qualidade refinada. Da mesma forma, entendo que o PT também tenha. O que se viu nas eleições foi um embate muitas vezes alimentado pela mídia, muitas vezes alimentado por políticos mal intencionados com interesses particulares, desejando comer as sobras de quem quer que fosse o vencedor.
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Mas confesso que tenho uma boa expectativa da Dilma Roussef. Creio que sua vitória foi sustentada pela, dentre outras razões, falta de proposta mais profunda de seus concorrentes, em parte pelo sucesso econômico do governo Lula, e pela fato de que boa parte da população das classes economicas mais baixas ascenderam economicamente, e isso fez diferença na hora da escolha.
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O Nordeste é prova disso. Uma região que até então não era explorada, e era colocada de lado pela parte sul-sudeste do país, mas que está crescendo a passos largos, se tornando não apenas um pólo de turismo internacional, mas pólos regionais industrializados com a mais variada área de produção. Isso, sem falar em seus portos e aviões estarem mais próximos dos Estados Unidos e Europa, e que suas terras estão sendo bem exploradas para o agronegócio.
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Obviamente, tudo é um resultado conjunto dos últimos 20 anos da economia e política brasileira, mesclado à realidade do mundo globalizado de hoje, que permite novas oportunidades de negócios, aumento da cadeia de consumo interno e externo, mais poder aquisitivo das classes dos países emergentes, e por aí afora.
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Colheu os louros aquele que estava por último, no caso o atual presidente Lula, uma vez que seu governo está em mais evidência e fresco na memória do povo do que o governo anterior, no caso, o de FHC. Mas agora, tudo isso ficou para trás. Não adianta ficar lamentando, afinal, temos um governo democrático, eleito pelas urnas, e não uma ditadura opressora e inquisitora.
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Novamente repito que tenho boa expectativa pelos próximos anos, e ajuda muito o fato de o Brasil, assim como a América Latina, ter muito a crescer, muito a conquistar. É possível gerar mais emprego, renda, recursos. Também atrair investimento externo e, principalmente, aumentar nossa participação no mercado exterior.
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Creio que, em se tratando de nossa partipação nos demais países, nós devamos começar pela América do Sul. Já temos alguns tratados, algumas grandes empresas e bancos instalados nos países vizinhos, porém, cabe um alargamento dessa representatividade, de um aumento de área de atuação, aumento de volume de negócios, da participação de empresas de pequeno e médio porte. Pequenos e médios empresários brasileiros deveriam fazer um turismo nos países vizinhos, com um olhar mais crítico, mais investigativo.
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Investir em outro país da América do Sul não é nenhum bicho de sete cabeças. Há a barreira do idioma, mas pode ser facilmente superada. Por outro lado, o custo de uma passagem aérea internacional, para os nossos países vizinhos, pode sair mais barato do que uma passagem de São Paulo para uma capital do Nordeste. Aproveitando essas supostas visitas aos países vizinhos, os empresários deveriam procurar escritórios de contabilidade para se integrar de como funcionam as coisas, procurar empresas brasileiras que já trabalhem no exterior, bancos nacionais que também atuam no exterior e suas respectivas linhas de crédito, tudo para se integrar à realidade local, e, a partir de então, estabelecer uma mínima conexão que permita a exploração de novas áreas ou novas oportunidades.
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Muitas vezes, ficamos dominados pelo medo e pelo comodismo, e isso não nos permite crescer, ampliar o alcance de nossa visão, expandir nossa interpretação e conhecimento das coisas. Claro que é apenas uma sugestão, mas a partir da América do Sul, os novos rumos deveriam voltar para a África, Oriente Médio e Ásia. Há muito mercado e potencial a ser explorado.
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Talvez os profissionais e empresários ainda não estejam preparados. Isso me faz refletir diretamente na função que a educação, os cursos e os treinamentos têm; desta área entendo um pouco, pois tenho dirigido projetos nessa área em todo território brasileiro. Às vezes, percebo que as pessoas em geral têm interesse em se aperfeiçoar; só que isso não faz parte da cultura do brasileiro, essa continuação da formação. E, obviamente, as pequenas empresas em geral acabam não dispondo de recursos para investir em formação, em treinamento, o que é lamentável.
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Primeiro, porque se você não tiver uma equipe atualizada às tecnologias disponíveis, profissionais com alta capacidade de performance, o serviço ou produto resultante é sempre mediano. E fica difícil competir com tantas empresas no mercado hoje, e quando falo empresa não digo apenas das brasileiras, mas das chinesas, americanas, européias, japonesas, afinal de contas, a globalização colocou todo mundo num mesmo patamar geográfico.
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Mas, se as empresas se encontram num mesmo campo de atuação, ou seja, se o mercado global é para todos aqueles que querem disputar uma fatia do bolo, caracterísitcas como tecnologia, inovação, alta performance e redução de custos são fundamentais para a sobrevivência hoje. E é aí que eu vejo as empresas brasieliras pecando.
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Por outro lado, há uma brecha e um campo aberto no qual oportunidades estão disponíveis em grande escala. Para isso, basta se envolver, basta fazer parte da mistura que vai para este bolo. E as primeiras atitudes começam justamente com um olhar crítico, um entendimento mais aprofundado da realidade atual, e uma boa capacidade de transformar oportunidade em negócio concreto.
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Os trâmites para se negociar hoje com os mercados externos, ou mesmo com outros estados, não é tão complexo como se imagina. É trabalhoso, mas, se as pessoas querem algo mais, trabalhar é preciso. Investir é preciso. Estudar e se aperfeiçoar é preciso. Na maioria das vezes, as oportunidades existem. O que falta é audácia, criatividade, falta dar o ponta pé inicial. E que venha 2011!!!