sábado, 29 de maio de 2010

Eleições Presidenciais e outras coisas


Estou pensando nas eleições presidenciais. Sendo um pouco mais direto, e nada contra os demais candidatos, José Serra e Dilma Rousseff protagonizam um momento da história brasileira que terá conseqüências semelhantes, independente do vencedor nas urnas.
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Não porque ambos estejam no mesmo nível intelectual ou político, pois ambos possuem trajetórias diferentes, formações diferentes, partidos diferentes. Mas ambos sabem que independente do que aconteça, será necessário dar seqüência ao projeto político que está aí, que foi bem administrado por Lula, que foi moldado nos dois mandatos do Fernando Henrique Cardoso, mas que começou a tomar forma com as "diretas já".
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O continuísmo político, termo usualmente escrito e falado, nada mais é do que não fazer diferente daquilo que se tem feito, seja aqui no Brasil, seja ao redor do mundo. Nas últimas semanas, alguns países da Europa começaram a reformular suas políticas econômicas, suas taxas de impostos, suas políticas internas. E essa situação tem gerado controvérsia e discussão em todos os cantos. Mas todos sabem que é preciso apertar os cintos em determinado momento, para não ficar sem as calças.
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No Brasil, o caminho a ser adotado será o de melhorar o crescimento econômico, e, a partir da margem positiva de crescimento, fazer investimentos nas áreas mais carentes e com menos infra-estrutura. O governo vem, mês a mês, aumentando os recordes de arrecadação, e isso há de permitir que parte desse montante seja investido em infra-estrutura, desenvolvimento social e sustentável.
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Como não tenho bola de cristal, não tenho como prever quem ganhará a eleição presidencial. Mas boa parte das pessoas que acompanham as questões políticas sabe que no fim das contas, independente de quem ganhe, o importante será manter o crescimento econômico, tornar o Brasil um país de diálogo amistoso com todas as nações, manter relações exteriores e econômicas cada vez mais estreitas com um maior número de países possível.
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Independente das crenças político-partidárias, espero que ao final desse circo, que sejam oferecidas condições de crescimento para as empresas, que isso gere empregos, aumento de salário, e que possamos ter voz no mundo, mas uma voz a partir da nossa capacidade financeira, e não somente de discursos verborrágicos, cênicos, ilusórios. No fim das contas, se o país ganhar, todos ganharemos. É o que eu espero, que ganhe meu vizinho, que ganhe meu concorrente, mas que eu ganhe também. O problema é quando um monopoliza o poder, o dinheiro, os empregos, os recursos. Pois ficamos a mercê de algo que tende a se tornar ditatorial. E isso é o pior que pode acontecer para uma sociedade justa, livre e democrática.