segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Brasil versus a Economia Global III - A Bahia de Todos os Santos!

Vista da Avenida Maria Quitéria, Feira de Santana, Bahia. Foto tirada por Alberto Granato.

Um país com diferenças geográficas incríveis, praticamente um continente. Assim podemos definir o Brasil. Estou em Feira De Santana, maior cidade do interior da Bahia, para iniciar um novo projeto profissional. Definida como Cidade Princesa, por Ruy Barbosa, trata-se de uma cidade referência e pólo regional para o interior baiano, com comércio variado, redes de hospitais, clínicas médicas com diversas especialidades, um shopping center com cerca de 140 lojas, e um complexo industrial bem variado.

Localizada a cerca de 100 quilômetros da capital do estado, Salvador, tem uma população acima dos 600.000 habitantes, e está situada a 234 metros de altitude. Transformada em Vila em 1833, somente em 18 de setembro de 1873, através de uma lei provincial, se torna um município.

Sua região abriga empresas como a Nestlé, a Ambev, a Pirelli, a Belgo, a Perdigão, transportadoras, revendas de máquinas agrícolas, além de uma participação na agropecuária considerável. É possível, da Rodovia BR 324, avistar inúmeras propriedades rurais pecuaristas, pratica comum em boa parte do estado.

Trata-se de uma cidade plana, com ruas e calçadas largas, preparada para enfrentar um trânsito mais intenso, seja de pessoas ou de veículos. Para quem não está acostumado ao forte calor, uma caminhada no meio da manhã pode ser um pouco exaustiva. Porém, se o sol ou a alta temperatura dão uma trégua, uma caminhada pelas ruas que margeiam o centro pode ser um passeio agradável.

Como nos demais cantos da Bahia, a música está presente em cada rua, em cada esquina, em cada casa, ainda que de forma um pouco mais contida. Também é possível encontrar lugares que vendam comidas típicas, mas também de forma moderada. Não há uma explosão cultural baiana se vendendo nas ruas.

Acredito que seja este o resultado da globalização. Os regionalismos dão lugar aos globais. Tanto, que é mais fácil encontrar lojas das tradicionais operadoras que vendem aparelhos celulares, do que barracas de acarajé ou tapioca. Por onde se anda, lojas e panfletos espalhados com promoções imperdíveis da Claro, Vivo, Oi, etc. E no lugar de trajes típicos, como as roupas das baianas, encontramos jovens vestindo camisetas com a logomarca de uma grande marca ou de uma grande rede varejista. Sim, é como em qualquer lugar.

Claro que se algum morador de Feira de Santana ler este texto irá se perguntar: o que este autor esperava, que as cidades da Bahia fossem diferentes de que forma? Mas não é este o ponto em que quero chegar. O que estou dizendo é que uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, de São Paulo, do Espírito Santo ou da Bahia possui a mesma cara: prédios pintados da mesma cor por conta dos logotipos, redes de varejo tradicionais com as mesmas promoções infalíveis, operadoras de celular aos montes e iguais, as mesmas marcas de artigos de cama, mesa e banho de uma rede tradicional que faz uso freqüente de anúncios televisivos, a mesma marca de farinha para o pão, e assim por diante.

A globalização aos poucos quebra as últimas características particulares de uma região, tornando uniformes as cores das lojas, das camisetas vestidas pelos vendedores, dos prédios comerciais e até mesmo dos prédios residenciais. Isto não é uma crítica, apenas uma observação e constatação. Tem vantagens e desvantagens, como tudo na vida.

A Bahia é um estado que está se modificando a passos largos; tem se modernizado tal quais os grandes centros emergentes ao redor do mundo, e seu crescimento tem se refletido em cada novo edifício espelhado que se ergue.

Sexta maior economia do país, e principal economia do nordeste, tem em suas grandes cidades verdadeiros pólos estratégicos que abastecem todo o estado, e até mesmo estados vizinhos. De um lado, o turismo trabalha para aprimorar suas qualidades; de outro, grandes empresas buscam sua expansão. Com uma indústria automobilística preparada para atender todo o nordeste, o estado abre espaço para outras áreas. A vinicultura e produção de frutas, a exploração de petróleo e minérios, e a educação são referências nacionais.

As taxas de emprego estão aumentando, é verdade. Milhares de pessoas estão conseguindo seu primeiro emprego com carteira assinada, isso também é verdade. E que o assistencialismo dos bolsas-auxílio têm melhorado as condições de alimentação dessa massa, sim, também é verdade.

Contudo, as transformações positivas param diante de velhas barreiras instransponíveis. Ao mesmo tempo em que a modernidade se torna realidade, ela carrega consigo problemas comuns e conhecidos dos grandes centros. Congestionamentos, filas nos supermercados, nos bancos, para se estacionar, e até tornando uma batalha homérica conseguir uma mesa para se almoçar ou jantar em um Shopping Center.

Quando se olha para a infra-estrutura, a situação piora. Um velho conhecido problema brasileiro, a desigual distribuição de renda, atua de forma cruel. Uma grande massa ainda fica distante dos benefícios do progresso. Sem acesso a educação ou formação profissional qualificada, existe uma grande distância entre os que já fazem parte do sistema profissional, e os que não têm condições mínimas de vida digna, muito menos conhecimento técnico que lhes permita conquistar um espaço no mercado de trabalho.

Contudo, além de se trabalhar para ocasionar uma melhor distribuição de renda, a região ainda permite criar novas condições de renda, e aí acredito que esteja o ponto chave para o desenvolvimento econômico e social deste estado. São tão inúmeras as possibilidades de novos negócios e de profissionalização, tanto que o potencial regional tem se revelado todos os anos quando se observa que o crescimento da Bahia é superior ao crescimento médio do país.

Uma vez direcionada, uma boa estratégia pode ser um grande investimento na região. Um estado que possui um povo acolhedor, uma cultura fantástica, belezas naturais e riquezas diversas é uma excelente opção de desenvolvimento. Acredito que deva ser olhado com muito carinho e atenção, igual a tudo na vida.

Um comentário:

  1. Querida(o) nova(o) amiga(o),estou precisanda muito de novos amigos pra me auxiliarem no meu projeto. Estou criando uma minibiblioteca comunitária e outras atividades pra crianças e adolescentes na minha comunidade carente aqui na minha comunidade carente no Rio de Janeiro,eu sózinha não conseguirei,mas com a ajuda dos amigos sim. Já comprei 120 livros e também ganhei livros até de portugal dos meus amigos dos meus outros blogs que eu tenho no google: Eulucinha.blogspot.com ,se quiser pode visitar meus blogs do google,ficarei muito contente. A campanha de doações que estou fazendo pode doar qualquer quantia no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3 ou por correspondencia(carta),ou pode doar livros ou pode doar máquina de costura ou pode doar retalhos. Qualquer tipo de doação será bemvinda é só mandar-me um email para: asilvareis10@gmail.com , eu darei o endereço de remessa. As doações em dinheiro serão destinadas a compra de livros,material de construção,estantes,mesas,cadeiras,alimentos,etc. Se voce puder arrecadar doações para doar ao meu projeto serei eternamente grata. Muito obrigado pela sua atenção.

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